A madrugada gargalha
e crava seus dentes
no brilho da lua
A princesa elegante, dona da rua,
não se rebaixa aos pretendentes
e o cordão passa fingindo que alegria não falha
(Mas é à noite que a vida fala
E eu peço que compreendas meus disparates
Me abrace forte a nossa festa continua)
Mas há sempre uma mesa que calha
Transformando tristes em sorridentes
É numa esquina que a ilusão se situa
Como um bêbado de folhetim
Virei poeta de botequim
As palavras revelam sua alquimia
Em cada copo de melancolia
Na companhia dos amigos de lua
A saudade dela é incandescente
E Vênus no céu a sua imagem entalha
E ao som deste nome socorra-me Deus ou quem me valha
A noite caindo como um rastejar de serpentes
E eu sem saber onde minha cabeça flutua
C.C.J.
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