domingo, 27 de setembro de 2009

Monteiro Lobato

Mais um post do Livro em Cena. Agora é a vez de Monteiro Lobato, na voz de Paulo Betti. O trecho que o ator lê no vídeo é o capítulo “Pílula falante”, do livro Reinações de Narizinho. Com certeza, um dos melhores acontecimentos do último sábado da Bienal...

domingo, 20 de setembro de 2009

Mário Quintana - Parte 02

*A qualidade da imagem no vídeo não ficou muito boa, mas o som ficou bem legal, vale a pena conferir.

Agora é a vez de Paulo José, curador do Livro em Cena, declamar Cocktail Party, de Mário Quintana. Ele e Elisa Lucinda dividiram o palco, no dia 12 de setembro, no primeiro ano do espaço na Bienal 2009.





Cocktail Party

Não tenho vergonha de dizer que estou triste
Não dessa tristesa ignominiosa dos que, em vez
de se matarem, fazem poemas:
Estou triste porque vocês são burros e feios
E não morrem nunca...
Minha alma assenta-se no cordão da calçada
E chora,
Olhando as poças barrentas que a chuva deixou.
Eu sigo adiante. Misturo-me a vocês. Acho vocês uns amores.
Na minha cara há um vasto sorriso pintado a vermelhão.

E trocamos brindes,
Acreditamos em tudo o que vem nos jornais.
Somos democratas e escravocratas.
Nossas almas? Sei lá!
Mas como são belos os filmes coloridos!
(ainda mais os de assuntos bíblicos...)
desde o crepúsculo
E, quando a primeira estrelinha ia refletir-se
em todas as poças dágua,
Acenderam-se de súbito os postes de iluminação!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mario Quintana - Parte 01

Depois de quase uma semana, eis que posto aqui a primeira parte do Livro em Cena, com Elisa Lucinda e Paulo José, na Bienal 2009. Não há muito o que dizer nem do autor homenageado nem dos que prestam a devida homenagem... Espero que gostem de ouvir Elisa Lucinda recitando A poesia é necessária e Coral a moda antiga.

domingo, 13 de setembro de 2009

Renata Giannattasio

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um causo

Ao amigo F.K.

Você sabe que eu sou uma pessoa pacífica, não é? Não gosto de confusão, muito menos de relar a mão em alguém ou em um animal. Só que eu tenho sangue nas veias, pô! Já te disse, meu lema é: dou um boi para não entrar em uma briga, mas dou uma boiada para não sair.

- Eu sei, eu sei...

Então, tendo isso tudo em mente, você vai me dar razão no acontecido. Até porque tem outra, se tem uma coisa que eu odeio é falsidade e aí você mistura isso com aquele bicho nojento querendo dar uma de jão sem braço pra cima de mim... Não, não...


- A situação acaba chegando a um ponto em que você tem que agir, senão...

Pois é, é isso! E foi como eu estava te dizendo. Eu lá, quieto na minha rede, sossegado. Minha família tem uma fazenda lá pro meio do mato e eu gosto de ficar meio escondido, entre as árvores, vendo a vida passar de olhos fechados, entende?

- Acho que sim, haha.

Tanta desgraça acontecendo no mundo, é bala perdida, é acidente de carro, é uma nova epidemia, é político roubando, chefe ameaçando te despedir, salário que não dá pra pagar as contas no fim do mês... Haja calma para terminar o dia vivo.

- Acho que é por isso que o Dalai Lama vive isolado a maior parte do tempo...

É por isso que eu vou para o meu templo particular, monto a rede entre duas mangueiras altas, a sombra é boa, a brisa agradável. E nessa época do ano não costumam cair mangas na cabeça. O problema é no verão mesmo, aí o templo fica interditado.

- Pelo menos se tem suco fresco à toda hora.

Mas eu estava ali, quieto na minha meditação, quando ouço um barulho, como algo se arrastando sobre as folhas no chão, sabe como é? O som foi ficando mais próximo e eu vi que era uma cobra, nem rea muito grande, nem do tipo venenosa.

- A natureza é um perigo.

Que nada, eu já estava acostumado com aquilo. Era só pegar um pedaço de pau qualquer e jogar o bicho pra longe. Só que a maldita da cobra percebeu que eu a percebi e parou. Sabe o que aquela tripa fez? Tentou fingir que não cobra!

- Porra, era uma cobra ou um camaleão!?


Haha, uma mistura... Não, a safada deu uma de dissimulada, querendo me fazer acreditar que ela não estava ali. Isso eu não aguento. Estava prestes a somente afastar ela de mim, mas não, ela tentou se fazer de dissimulada...

- E você?

Bom, puto da vida, fui obrigado a pegar um galho maior que havia ali perto e acertar em cheio a cabeça da filha da puta. Não ia se fazer de dissimulada para mais ninguém aquela cobra maldita. Ser cobra eu aceito, agora dissimulada...

- Um brinde!

C.C.J.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Museu do Futebol - São Paulo/SP

Renata Giannattasio

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Viagem II (Suburbano coração)

Califórnia, Cuba, Costa Rica,

Panamá, Honduras, Guatemala,

Quito, Santiago, Montevidéu.

E ainda faltam tantos degraus para chegar à Igreja da Penha.


C.C.J