sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Musa híbrida

As palavras não fazem mais sentido agora. E não são só os adjetivos que se tornam bijuterias perto dela, mas mesmo os substantivos não dão conta deste arrebatamento!

A pela quente, as pernas envolventes, a boca estonteante, aqueles olhos verdes de maré cheia... E que bunda. Eu sou todo arrepio e tesão diante da musa.

Musa híbrida, musa negra, musa brasileira, musa - escultura que resume qualquer definição e expande qualquer sensação de beleza.

Eu disse, as palavras não dão conta. Creio mesmo que o cotidiano envergonha-se diariamente de não poder oferecer cenário melhor para acomodá-la.

Passeia entre devaneios de insanos e cafajestes, deixando no ar o canto que faz o mais bruto marinheiro saber o que é paixão.

Sabes, onça. E também sei. Devoras com este sorriso aberto (ou é a fatalidade da sua tristeza) qualquer defesa mundana. És fantástica, seja isso bom ou ruim. Eu sei.

C.C.J.

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