quinta-feira, 23 de julho de 2009

História de nós dois

Quer saber? Eu tô farto dessa tua infantilidade. É, infantilidade sim! Porra, cinco anos e você vem me dizer que eu não te entendo? Eu te entendi no primeiro olhar, eu te entendi quando insisti de todas as formas para você sair comigo, eu te entendi no beijo que eu te roubei, eu te entendi na nossa primeira transa... Você não tem esse direito... Insensível a puta que te pariu! Eu errei em muita coisa, mas fui o homem mais apaixonado, sempre. Esse é o seu problema, no fim das contas é tudo sobre o seu umbigo. Se foi pra isso... Eu quem não quero conversar? Ah, vai... Olha, é melhor parar por aqui, isso não vai dar certo. Você quem quis isso! Ouviu? Você quem quis! E apaga essa merda! Não, não pode. Minha casa, minhas regras. É, minha casa. Não era isso que você queria, mais espaço, mais individualidade... Pro inferno sua racionalidade! Eu te dei tudo... Todo casal briga. É, tava uma merda, mas você nem sequer tentou segurar a barra. E quer saber, esse papo de individualidade é uma grande mentira, você queria era trepar por aí. Porra! É mentira? Tenta de novo e eu devolvo!... Esquece a A., não tem nada a ver. Não, não tem! Você pediu um tempo, você queria espaço, você queria se reencontrar... O que, passou cinco anos perdida? Foi tudo um lixo? É isso? Ah, vai se... Caralho, você tem coragem de dizer isso assim, na minha cara? Você bate na porta, quer conversar e diz isso? Nervosa o cacete! Eu te amei, porra! Eu te amei pra caralho! Amei mais você do que vou me amar em qualquer segundo da minha vida... Cala a boca! Nem tenta... Voltar? Agora você quer voltar? Viu quem eram teus amigos agora, né? Agora cê quer voltar? Deixa eu adivinhar: as tuas coleguinhas não te ajudaram quando você precisou? Mas não eram tão prestativas e inteligentes pra falar mal da nossa vida? E aqueles babacas que te rodeavam não ligaram no dia seguinte depois de te comer? Porra, se essa merda me acerta... Solta, solta! Que foi, menti? Sente saudade o cacete!... Olha, vai embora... Rá, agora, neste exato momento, você quer saber o meu alto? Quanto tempo a gente perdeu... Vai embora, vai, é melhor... Mas que merda, não tem lembrança, não tem volta, não tem nada. Acabou. Foi você quem deixou bem claro isso, inclusive... Que jogando a culpa pra você o quê... Ah, você é a vítima?! Você não se esforçou muito nos últimos meses para manter essa casa de pé. Não, eu lutei até o fim, mesmo sozinho. E você... Porra, foi você quem bateu a porta na minha cara! Eu me humilhei, sangrei e perdi no fim... Não, você não tá falando sério... Sim, vamos começar de novo: você abre aquela porta, sai e seguimos nossas vidas. Eu sou o vilão agora. Nem tente... Nem tente insinuar que não te amava... Cala a boca. Cala a boca. Cala a boca! Tá acabado. Você é muito cínica... Não, não acredito em você. Arrependida o cacete. Você fez o que quis, pensou em você. Ótimo! Agora estou fazendo o mesmo. Nossa história nada. Não existe. Olha aqui... Não, não vou largar. Dane-se que tá doendo. Escuta. Cala a boca! Escuta! Quieta! Acabou, entendeu? Não me interessa mais o que você sente. Tá vendo aquela porta? Vou te levar até lá... Levanta. Não vai? Ah, vai sim... Tá doendo, é? Não interessa, se não vai por bem, vai por mal... Pronto, aqui. Rua! Ah, e mais uma coisa: vai se fuder!

C.C.J

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