sábado, 4 de julho de 2009

Mares (Outra versão)

Eu tinha tanto pra lhe falar
mas deixei as palavras mudas sob a lua
como se fosse um canto,
como se fosse um pranto.

Não pense que eu não quis contar
sobre todo o medo que me extenua
como uma penitência,
como a providência.

Mergulhei no azul buscando respostas
e retornei com a maré cheia para a areia.
Encontrei velhos sonhos, derrotas
e a chama da ilusão acesa - apaguei-a.

Se outrora ofereci estrelas e o próprio céu
foi porque acreditava na beleza.
De longe, agora, são só rabiscos no papel:
por que aprender que a vida é um ato de tristeza?

Entenda que não há nada pra comparar
todos estes amores (que nos atravessaram)
como se fossem presentes,
como se fossem pertences.

Neste silêncio eu permaneço a contar
todos os nervos destas dores (que nos sentenciaram).
como um final.
Como um ritual.

C.C.J.

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