quarta-feira, 8 de julho de 2009

A madrugada gargalha
e crava seus dentes
no brilho da lua

A princesa elegante, dona da rua,
não se rebaixa aos pretendentes
e o cordão passa fingindo que alegria não falha

(Mas é à noite que a vida fala
E eu peço que compreendas meus disparates
Me abrace forte a nossa festa continua)

Mas há sempre uma mesa que calha
Transformando tristes em sorridentes
É numa esquina que a ilusão se situa

Como um bêbado de folhetim
Virei poeta de botequim
As palavras revelam sua alquimia
Em cada copo de melancolia


Na companhia dos amigos de lua
A saudade dela é incandescente
E Vênus no céu a sua imagem entalha

E ao som deste nome socorra-me Deus ou quem me valha
A noite caindo como um rastejar de serpentes
E eu sem saber onde minha cabeça flutua

C.C.J.

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